Faça o que sabe...
No início da tarde, já na
fila para a entrada da aula do 2º Ano, a Márcia chorava e soluçava.
Entramos na sala de
aula e ela mal conseguiu dizer que seu irmãozinho havia ido pro hospital com os
pais e estava preocupada e nervosa.
Depois da rotina de entrada,
mandei buscar água e conversei um pouco com ela. Outros colegas contaram
histórias de seus familiares, mas nada fazia com que ela parasse de chorar.
Iniciei as atividades escritas pensando
que ela iria se distrair e esquecer. Que nada! O choro aumentou. Eu já não sabia
o que fazer, não dava nem para mandar chamar a família, pois estavam no
hospital.
Então pensei: “Vou
fazer o que eu sei para situações de angústia.”
Mandei pararem a cópia
e disse que faríamos uma oração pela Márcia e sua família: eu disse as frases e
eles repetiram. Quando terminamos a oração ela soluçava bem baixinho, pediu pra
tomar água e ficou mais tranquila o resto da tarde. Não chorou mais e fez todas
as atividades propostas.
No dia seguinte, chegou
alegre porque o irmãozinho não havia ficado hospitalizado, fora examinado e
estava tomando remédios em casa. Alguns fizeram referência a nossa oração e
então convidei a turma para orarmos agradecendo a Deus.
Uns dois dias depois, a
Josi chegou atrasada, parou na minha frente e pediu:
__ Minha avó tá no
hospital, quero que tu reze por ela.
Por vários dias
seguidos oramos por familiares, a pedido das crianças; e, depois, ou as doenças
cessaram ou já estavam confortados por antecipação...